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24 abr., 2024
Volume da bolsa de Chicago ultrapassa a casa de US$1 trilhão por ano, mais de 100 países estão inseridos nas negociações e mais de 50 contratos estão listados A CBOT (Chicago Board of Trade) é a maior e mais antiga bolsa de opções e futuros do mundo. Foi fundada em 1848 por um grupo de comerciantes de grãos em um bar local de Chicago, que buscavam estabelecer um mercado organizado para negociar contratos futuros de trigo. Com o tempo, a CBOT expandiu suas operações para incluir outros produtos agrícolas, como milho, aveia e soja. A CBOT foi pioneira na padronização de contratos futuros, garantindo qualidade e entrega, o que atraiu produtores e compradores de todo o mundo. A bolsa possui uma localização estratégica em Chicago, centro logístico dos EUA, o que facilita o transporte e a entrega da soja para muitas regiões do globo. Além disso, com regras claras de funcionamento e mecanismos de proteção contra fraudes, a CBOT se consolidou como um mercado confiável e de referência na precificação de grãos. “Cerca de 225 milhões de toneladas de soja são negociadas anualmente no CBOT, o equivalente a cerca de 80% do comércio global da oleaginosa. Ao longo dos anos, a bolsa investiu fortemente em plataformas digitais para facilitar o acesso ao mercado e oferecer novas ferramentas de negociação”, comenta Enrico Manzi, country manager da Biond Agro/ O funcionamento da CBOT A CBOT não negocia diretamente a soja física, mas sim contratos futuros de cada commodity. Esses contratos funcionam como acordos para a compra e venda da soja em uma data futura específica a um preço pré-determinado. Cada player da cadeia pode utilizar a bolsa para proteger-se contra variação de preços: Produtores : Utilizam os contratos futuros para garantir um preço mínimo para sua safra futura, protegendo-se contra quedas bruscas. Processadores : Compram contratos futuros para garantir o fornecimento de soja a um preço fixo para sua produção. Além disso, podem se proteger contra variações nos mercados de farelo e óleo de soja. Investidores : Buscam lucrar com a flutuação dos preços da soja através da compra e venda de contratos. Como a B3, a negociação ocorre por meio de um sistema eletrônico onde compradores e vendedores se encontram virtualmente. As ordens de compra e venda tem seu preço influenciados pelo fundamento de oferta e demanda. O preço final de um contrato é definido por meio de leilões eletrônicos realizados em determinados horários ao longo do dia. A CBOT define padrões de qualidade e quantidade para a soja negociada nos contratos futuros. A CBOT também oferece contratos de opções, que concedem a opcionalidade de comprar ou vender soja a um preço específico em uma data futura. “Para garantir o cumprimento dos contratos, os participantes precisam depositar uma margem de garantia, que é um valor inicial, além do ajuste de preço diário, que garante que o preço pactuado nos contratos possam ser cumpridos. Ao se aproximar da data de vencimento do contrato, as posições são liquidadas financeiramente ou por meio da entrega física da soja em armazéns credenciados da Bolsa - embora a maioria seja liquidada financeiramente”, diz Manzi. Brasil negociando na CBOT Na bolsa de Chicago, produtores, comerciantes e processadores brasileiros utilizam contratos futuros de soja para proteger-se contra flutuações de preços. Um produtor nacional pode garantir um preço mínimo para sua safra ao entrar em um contrato futuro de venda de soja, enquanto um comprador pode garantir um preço máximo ao entrar em um contrato de compra. A Biond Agro analisa a CBOT em métodos diferentes de estratégia: Análise fundamental - Oferta e demanda global: A análise da produção global de soja, consumo em diferentes regiões e estoques globais é crucial para entender os movimentos de preços. Condições climáticas: Fatores como secas, inundações e temperaturas extremas podem afetar a produção de soja e influenciar os preços. Políticas governamentais: Políticas agrícolas, subsídios e acordos comerciais internacionais podem influenciar a oferta e demanda de soja. Análise da economia global: O crescimento econômico global, a inflação e as taxas de juros podem influenciar a demanda por soja e seus derivados. Análise técnica - A análise técnica de preços das commodities é como um detetive que busca pistas nos gráficos para desvendar possíveis movimentações de preços. Ela usa ferramentas matemáticas e estatísticas para analisar o comportamento passado dos preços e tentar prever o futuro. “Um trabalho atento às movimentações da CBOT é muito necessário para garantir uma boa gestão ao produtor rural brasileiro. Para se ter ideia, o número de contratos listados na CBOT passa de 50; mais de 100 países são traders na CBOT; e o volume de negociação anual na CBOT ultrapassa a casa de US$1 trilhão”, finaliza Enrico.
23 abr., 2024
Ideias e visão de futuro do setor foram intermediados pela empresa de gestão e comercialização de grãos De olho no futuro do agronegócio brasileiro, a Biond Agro, consultoria especializada na gestão e comercialização de grãos, celebrou o primeiro “Biond Talks”. O evento aconteceu no espaço Calafat, na cidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul e contou com a participação de mais de 50 profissionais da área, como cerealistas, produtores, cooperativas e corretores. O evento trouxe um olhar panorâmico sobre ideias e visão de futuro do agronegócio brasileiro, além de promover networking e conexões entre os participantes. Diversas empresas do segmento agrário também estiveram presentes, como Cotrijal, Cotripal, Cotribá, Agropan, StoneX, 3 Tentos, Agrisoy, Acergs entre outras. Segundo Enrico Manzi, country manager da Biond Agro, os assuntos desenvolvidos no evento são de extrema importância para o setor. “Além da conectividade e networking entre todos os participantes, falamos sobre o cenário futuro do agro no Brasil; desenvolvemos ideias e planos que poderão ser relevantes para todo o produtor do país”, comenta. Para Roges Pagnussat, presidente da Acergs, empresa presente no evento, o “Biond Talks” congregou o melhor do agronegócio. “Foram debates enriquecedores para todos os presentes, além de gerar insights importantes sobre o caminhar do agronegócio. O evento trouxe uma experiência única para quem é do agro ”, diz. O segundo “Biond Talks” está previsto para acontecer ao final do mês de abril, no Mato Grosso, com data, horário e local a definir. “Com o sucesso do evento, já está na nossa esteira de projetos a continuação e ampliação do Biond Talks, com mais empresas do setor, diversos temas e palestrantes”, finaliza Manzi.
Por Enrico Manzi 24 out., 2023
Expectativa divulgada pelo CONAB aponta novo recorde na safra de soja para o Brasil Segundo dados do relatório “Perspectivas para Agropecuária 23/24”, divulgado pelo CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento), o Brasil deverá alcançar 319,5 milhões de toneladas na produção total de grãos. Para a soja, a companhia estima uma safra recorde de 162,4 milhões de toneladas. O número representa um crescimento de 5,1% em relação à safra anterior. O avanço é embasado por um aumento de 2,8% na área de plantio, abrangendo 45,3 milhões de hectares, e um aumento de 2,2% na produtividade, atingindo 3.585 quilos por hectare. A informação de “novo recorde” pode abrilhantar os olhos e ser facilmente associada a uma forte rentabilidade, no entanto, outros fatores devem ser considerados na hora da análise financeira de uma safra. De acordo com Enrico Manzi, country manager da Biond Agro, a rentabilidade pode ser vista pelo lado da receita e dos custos. “A receita é medida através de: volume x preço. Dito isso, por conta do evento climático El Niño, até o momento, é esperado que o produtor produza bem e com bons volumes, já que este fenômeno costuma provocar chuvas no centro-sul da américa do sul”, comenta o gestor.  A relação dos custos de produção e a interferência na rentabilidade Um ponto fundamental de análise para a rentabilidade é a comparação de custos de produção em relação à safra anterior. Para 23/24, segundo o Conab, o produtor Mato Grossense deve observar uma rentabilidade de 39,66%, visto a redução de custos na produção registrada em -21,63%, com destaque para queda de -48,72% nos fertilizantes. Com o produtor plantando uma safra menos custosa em relação ao ano anterior e uma boa produtividade, caso consiga vender a níveis de preços favoráveis, poderá encontrar uma boa rentabilidade. Já o preço determinado para o grão é decorrência de oferta e demanda global. “Estamos vindo de uma grande safra brasileira e uma argentina, com quebra de produção. Entramos em uma safra norte-americana com problemas, produzindo menos do que o esperado e estamos voltando a uma safra esperada grande para América do Sul. Tudo isso somado a uma demanda que não cresceu no mesmo ritmo da produção”, afirma. O balanço de maior oferta com demanda crescendo de forma lenta pode ser um indicativo de preços mais baixos para o produtor sul-americano como um todo. Como a comercialização está atrasada, caso o preço siga caindo e com a confirmação de dados produtivos positivos na América do sul, a rentabilidade pode estar em risco. A capacidade de armazenagem e logística pode afetar a rentabilidade do produtor? “Nem tudo o que é colhido é necessariamente vendido dentro do ano. Um fluxo de venda mais contínuo durante a colheita se dá por conta da capacidade menor de armazenagem. O processo de armazenamento facilita o escape da janela de colheita, momento repleto de ofertas de produtos, ocasionando no queda dos preços dos produtos e maior custo para logística e transporte, consequentemente afetando a rentabilidade do produtor”, diz. Para atuar fora do período de colheita, é possível contratar armazenagem de terceiros. Os custos de armazenagem complementar devem ser sempre levados em conta nestes casos. Já os produtores que possuem estrutura própria de armazenagem - silos e armazéns - atuam no fluxo de “vender parte e armazenar a outra”. Uma possível “safra perfeita” gera grande rentabilidade? “Imagine uma safra, plantada na janela perfeita, com chuvas perfeitas, com sol perfeito, com produtividade máxima esperada e colheita perfeita (bastante improvável, mas sigamos o exemplo). Se este cenário acontecer, há grandes chances de que a armazenagem seja insuficiente, a execução da logística possa ter problemas para executar todo o volume e, se o cenário de demanda não é otimista, pode indicar preços baixos”, afirma. Caminhando para um panorama de boa produtividade e rentabilidade, o produtor deve possuir um bom planejamento e execução de compra dos seus insumos, e assim reduzir o custo de produção, ao mesmo tempo ter uma estratégia clara de gestão da comercialização da produção, tentando assegurar e otimizar suas receitas, e assim, reduzindo riscos. Biond Agro.
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