Como a análise de grãos pode aumentar os resultados no agronegócio
A qualidade da soja, do milho e do trigo pode influenciar diretamente os resultados do agronegócio, impactando desde a comercialização até a rentabilidade. Por isso, a análise de grãos é essencial para que o produto atenda aos padrões exigidos pelo mercado — tanto no Brasil, quanto no exterior.
Nesse sentido, o produtor que entende como está a sua produção e se organiza para melhorá-la pode reduzir perdas, aumentar a competitividade no mercado e valorizar o preço de cargas em negociações. Logo, é fundamental saber como fazer a análise de grãos.
Neste artigo, vamos explorar como o processo funciona, quais são os critérios avaliados e de que forma a tecnologia aprimora o procedimento. Entender a prática o ajudará a ter uma produção cada vez melhor e a tomar boas decisões para o sucesso da sua produção.
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O que é análise de grãos e por que ela é fundamental para o agronegócio?
A análise de grãos é um conjunto de procedimentos que avalia a qualidade dos grãos colhidos, considerando fatores como umidade, peso e defeitos. Com ela, o produtor consegue diagnosticar problemas com mais facilidade e, assim, pode diminuir riscos de perdas com a produção.
O processo é indispensável porque assegura que o produto atenda aos padrões exigidos pelo mercado. Além disso, ele pode contribuir para prevenir prejuízos e aumentar as chances de uma comercialização mais vantajosa para o produtor.
Qual o impacto da qualidade dos grãos na comercialização e exportação?
Os compradores no mercado brasileiro e de fora do país têm exigências rigorosas a respeito das características dos grãos. Entendê-las pode ajudar você e sua equipe a fazer melhores negociações. A seguir, veja detalhes sobre essas condições!
Comercialização interna: como o Brasil vê a qualidade dos grãos
No país, existe a Lei nº 9.972, de 25 de maio de 2000, que institui a classificação de produtos vegetais, subprodutos e resíduos de valor econômico. A especificação descrita é obrigatória para itens vegetais destinados à alimentação, compras governamentais e importações.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) define padrões oficiais, que incluem critérios como umidade, impurezas e defeitos. Um alto teor de umidade pode favorecer a proliferação de fungos e comprometer a qualidade do lote, por exemplo. Já a presença excessiva de impurezas reduz o valor da carga e pode dificultar negociações.
Por isso, é importante fazer um acompanhamento pela análise de grãos para verificar se a produção segue esses padrões do mercado nacional.

Exportação: rigor na qualidade
Em relação à exportação, é preciso observar outras regras, como a certificação fitossanitária. Esse documento emitido por autoridades, como o Mapa, atesta que vegetais estão livres de pragas e doenças que possam representar risco para a agricultura e o meio ambiente.
Desde 2025, o certificado é eletrônico (ePhyto), mas alguns países ainda exigem versão impressa. E para emiti-lo, o exportador deve estar cadastrado no Vigiagro, além de seguir normas fitossanitárias para evitar barreiras comerciais.
Então, no mercado internacional, as exigências são ainda mais rigorosas em relação à qualidade dos grãos. Os Estados Unidos, por exemplo, têm normas específicas para importação de grãos, e qualquer desvio pode resultar em devoluções ou multas. Órgãos como a USDA e a FDA estabelecem regras e fiscalizam a entrada de itens vegetais no país, vetando aqueles que estão inconformes.
Desse modo, é imprescindível que o produtor brasileiro faça a análise de grãos visando melhorar as suas oportunidades comerciais, seja para o mercado interno ou para o internacional.
Quais são os benefícios da análise de grãos?
Vimos que a qualidade da soja, do milho e do trigo têm impactos sobre a comercialização e exportação dessas mercadorias. Diante disso, a análise de grãos pode ser vantajosa para entender como eles estão frente às exigências do mercado — e melhorá-los, quando necessário.
Veja os benefícios desse processo:
- Aumento da competitividade no mercado: produtores que investem em um controle de qualidade rigoroso podem se destacar no mercado;
- Redução de prejuízos: estudos indicam que as perdas de grãos no Brasil podem atingir até 10% somente na perda quantitativa — assim, identificar rapidamente problemas contribui para evitar prejuízos causados por deterioração;
- Valorização do produto: grãos de alta qualidade são mais valorizados no mercado e podem ser vendidos a preços melhores.

Como funciona a análise de grãos? Passo a passo!
Agora, que tal a gente conhecer a parte prática deste processo? Veja como a análise de grãos funciona!
1 - Amostragem
Este é o primeiro passo da análise e, por isso, a amostragem deve ser feita de forma criteriosa para representar o lote inteiro. Afinal, uma amostra inadequada pode levar a conclusões erradas sobre a qualidade dos grãos. O procedimento acontece desta forma:
- Uso de sondas de amostragem: as sondas retiram porções de diferentes partes do lote, garantindo uma amostra homogênea;
- Mistura e subdivisão: após a coleta, a amostra é misturada e dividida para análise;
- Armazenamento adequado: para evitar alterações, as amostras devem ser acondicionadas corretamente até a avaliação.
2 - Análise de critérios de classificação
Os grãos passam por diversos testes para determinar sua qualidade. De acordo com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), os principais critérios observados no Brasil são os seguintes:
- Peso hectolítrico: define a densidade dos grãos e o rendimento industrial, sendo medido em Kg por hectolitro (kg/hl). O padrão mínimo é de 72 kg/hl para milho e trigo;
- Teor de umidade: avalia a porcentagem de água presente após secagem da amostra — no Brasil a recomendação é que não ultrapasse 14%;
- Impurezas e materiais estranhos: identifica resíduos como palha e cascas, com aceitação entre 1% a 2%, variando conforme o tipo de grão;
- Defeitos: detecta grãos ardidos, quebrados ou mofados. A tolerância depende do tipo de grão, com um máximo de 8% para soja;
- Cor e tamanho: compara tonalidades e dimensões e os critérios variam conforme categoria.
3 - Uso de equipamentos e metodologias
Atualmente, a análise de grãos conta com tecnologia para obter nível mais elevado de precisão e agilidade. Veja quais são os maquinários e ferramentas usados para a avaliação de cada um dos principais critérios:
Critério | Equipamento |
---|---|
Peso hectolítrico | Balança eletrônica aferida pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) |
Teor de umidade | Determinador de umidade digital calibrado e aferido pelo fabricante |
Impurezas e materiais estranhos | Caladores e sondas, homogeneizador, pinça, entre outros |
Defeitos | Análise visual e testes mecânicos |
Cor e tamanho | Comparação visual, uso de equipamentos como colorímetro, paquímetro digital e analisador de imagem |
Como a tecnologia tem auxiliado no controle de qualidade dos grãos?
Recursos tecnológicos da agricultura 4.0 têm transformado o controle de qualidade no agronegócio. Sensores avançados, como câmeras de alta resolução e sistemas de visão computacional, analisam defeitos de grãos com precisão. Já softwares de rastreamento integram dados, monitoram a qualidade e otimizam o controle de cada lote.
Além disso, a automação (isto é, sensores, sistemas e outras tecnologias que executam processos automaticamente) pode reduzir o tempo de análise dos grãos. Com isso, ela acelera a análise, proporcionando decisões rápidas e estratégicas com dados em tempo real.
Diante de tudo isso, produtores têm a oportunidade de investir na análise de grãos desde a colheita até o armazenamento visando o controle de qualidade. Afinal, seguir boas práticas e utilizar tecnologias avançadas pode fazer toda a diferença na valorização do produto e na competitividade no mercado.
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